3.1.1.1– Passado, presente e futuro
Desde cedo que o Homem se interessou acerca da transmissão de caracteres, e das semelhanças entre pais e filhos, ou com qualquer outro familiar. Mas as primeiras ideias o conceitos acerca dos temas devem-se, ainda que indirectamente, ao naturalista inglês Charles Darwin (1809-1882). Este investigador dedicou a sua vida ao estudo da evolução das espécies, ou seja, o modo como os animais evoluíram ao longo do tempo, adaptando-se às condições. Apesar de a sua investigação não estar direccionada ao estudo de caracteres e da transmissão destes, ele acabou por chegar a algumas conclusões. Darwin concluiu que, durante a concepção, algumas características dos dois progenitores passavam para a cria, o que a possibilitava a continuar a evoluir a partir de onde os seus progenitores "acabaram". Apesar de considerar esta informação pouco relevante, pois apenas o ajudava a chegar às suas conclusões, esta descoberta marcaria o começo do estudo da Hereditariedade e da Genética.
Mas a figura mais importante nesta área, que foi considerada como o "Pai da Hereditariedade", foi o monge Gregor Mendel, do qual iremos falar mais adiante.
Fora estes dois protagonistas, existiram outros cientistas e investigadores que fizeram descobertas incríveis dentro destas temáticas:
- Em 1944, Oswald Avery demonstrou que o "material genético" era constituído por uma substância que ele chamou de ácido desoxirribonucleico (ADN).
- A criação do modelo de ADN actual, deve-se aos cientistas James Watson e Francis Crick, em 1953. Eles afirmaram que a molécula de ADN era uma estrutura semelhante a uma escada retorcida sobre um eixo imaginário (dupla hélice).
- Alguns anos depois, Erwin Chargaff descobriu que havia uma relação matemática entre o número das bases: a quantidade de Adenina numa molécula de ADN era sempre igual à quantidade de Timina e o mesmo acontecia entre Citosina e Guanina.
Estas descobertas são apenas algumas das muitas que foram feitas ao longo dos tempos.
Actualmente, as descobertas acerca da Genética acontecem quase em base diária. Por exemplo, hoje é possível manipular o genoma humano, dentro de alguns limites; pode-se isolar um único gene para estudo. Muitas doenças pensadas incuráveis antigamente são agora curáveis, devido à Genética.
Espera-se que, no futuro, a maioria, senão todas as doenças obtidas geneticamente sejam curáveis, e que se posam curar deficiências nos humanos provocadas por alterações nos genomas.