3.1.2.5– A acção dos genes nos caracteres humanos em cada indivíduo

 

Uma das questões que mais intrigaram e ainda intrigam os investigadores na área das ciências da vida é a conhecer o modo como determinadas características, ditas hereditárias, passam de geração em geração e sobretudo, porque se expressam de formas diversas à volta de um determinado padrão.

Tudo se passa como se cada indivíduo tivesse um “livro de reclamações” que asseguram um determinado padrão, embora permitam variações á volta desse padrão. Esse “livro de instruções” é, como já sabe, o património genético do indivíduo e corresponde ao seu genoma. De geração em geração e através dos gâmetas, esse património genético passa de pais para filhos.

Existe uma grande diversidade de lotes de cromossomas que se podem formar aquando da formação dos gâmetas e ainda devido aos fenómenos de crossing-over que ocorrem durante a meiose, constituiu-se uma grande diversidade de gâmetas que se podem associar de todas as formas possíveis na fecundação. Por estas razões, os indivíduos da mesma espécie apresentam, em regra, uma grande variabilidade.

Após a fecundação, uma vez formando o ovo, este vai experimentar mitoses sucessivas, constituindo-se o novo indivíduo, cujas características vão depender, em grande parte, da informação genética transportada pelos gâmetas dos progenitores.

Como os cromossomas de cada individuo formam pares, um de origem materna e outro de origem paterna, e cada um tem uma molécula de DNA, é lógico que existam, normalmente, dois genes que condicionam determinada característica. Esses genes são, um de origem materna e outro de origem paterna. Contudo, a maior parte das unidades de informação genética, isto é, dos genes, que os descendentes herdam não se manifestam.

Um gene é a porção de DNA que contém informação para a síntese de uma dada proteína.